quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Livros de História/ Humanas para download gratuito.

Todo profissional, assim como toda pessoa que deseja compreender mais do mundo que o cerca, vai aos poucos constituindo sua própria biblioteca. É sempre um prazer comprar, emprestar, presentear ou ser presenteado com livros, seja em papel, seja em formatos eletrônicos. Infelizmente, estudantes geralmente não podem comprar todos os livros que precisam, nem - em Roraima - encontrá-los nas bibliotecas públicas. Às vezes, os estudantes acabam usando cópias em papel ou em pdf dos livros que buscam.

Há diversos anúncios na internet que prometem essa tentadora ferramenta que facilita a vida de muitos estudantes, e é sobre isso que quero falar. Para quem se depara tantos links que prometem, mas não cumprem, aqui vão algumas dicas.

Na hora de estudar e pesquisar, nada mais prazeroso do que aquele cheirinho de livro novo. Acredito que ainda vai demorar para muitas pessoas (sou uma delas) se acostumarem com a ideia de ter somente livros digitais. Sempre que posso e o financeiro permite, compro livros. Em Roraima temos um restrito número de livrarias, o que nos faz recorrer diversas vezes à compras online que acabam encarecendo muito com o valor do frete, e o preço daquele livro que a gente tanto precisa acaba ficando surreal e impossível ao nosso alcance. Com alguma sorte, a gente pode comprar obras raras ou esgotadas, novas ou usadas com um preço atrativo e com um frete bem pequeno (ou até mesmo grátis) em sebos virtuais, como o imenso Estante Virtual.

Mas, como isso nem sempre é possível, recorro a ferramentas gratuitas na internet que permitem baixar obras inteiras, a exemplo do Lê Livros, ou leituras parciais, como é o caso do Google Books.
Como o Blog é direcionado para Ciências Humanas, trago aqui algumas obras integrais bem interessantes e importantes para o estudo de História. Espero que ajude e que vocês usem e abusem da ferramenta, sem deixar de comprar livros de papel. Segue abaixo uma pequena seleção da vasta disponibilidade acessível no Lê Livros.


História da vida privada 1
Coleção dirigida por Philippe Ariès e Georges Duby

1. Do Império Romano ao ano mil organizado por Paul Veyne 
2. Da Europa feudal à Renascença organizado por Georges Duby 
3. Da Renascença ao Século das Luzes organizado por Philippe Ariès (t) e Roger Chartier 
4. Da Revolução Francesa à Primeira Guerra organizado por Michelle Perrot 5. Da Primeira Guerra a nossos dias organizado por Antoine Prost e Gérard Vincent 
(Sumário da obra)
História da Vida Privada 2
Coleção dirigida por Philippe Ariès e Georges Duby

1. Do Império Romano ao ano mil organizado por Paul Veyne 
2. Da Europa feudal à Renascença organizado por Georges Duby 
3. Da Renascença ao Século das Luzes organizado por Philippe Ariès (t) e Roger Chartier
4. Da Revolução Francesa a Primeira Guerra organizado por Michelle Perrot 5. Da Primeira Guerra a nossos dias organizado por Antoine Prost e Gérard Vincent
(Sumário da obra).






A estranha derrota
Marc Bloch


A Estranha Derrota – Considerada a mais pertinente análise da derrota da França na Segunda Guerra, esse livro foi escrito entre julho e setembro de 1940, logo após a rápida derrota das tropas francesas frente ao invasor alemão. O manuscrito escapou por pouco de se perder e só foi publicado seis anos depois, quando Marc Bloch, um dos mais importantes historiadores da França, já havia sido fuzilado pela Gestapo em 1944 (resumo do Lê Livros).







Karl Polanyi


A Grande Transformação – A partir do século IX a.C., quatro diferentes civilizações do mundo criaram religiões e tradições filosóficas que continuam a nutrir a humanidade até hoje; o confucionismo e o daoísmo na China, o hinduísmo e o budismo na Índia, o monoteísmo em Israel e o racionalismo filosófico na Grécia. Em ‘A grande transformação’, Armstrong nos revela como a história do surgimento dessas religiões pode trazer esperança para a questão da violência e do desespero do mundo contemporâneo. A autora apresenta um traçado cronológico do desenvolvimento da Era Axial, examinando as contribuições de grandes pensadores como Buda, Sócrates e Laozi, que buscavam soluções para a violência sem precedentes de seu tempo. De uma maneira geral, esses filósofos pregavam a prática de uma justiça igualitária, o abandono do orgulho e uma espiritualidade centrada na compaixão (resumo do Lê Livros).



Jacques Le Goff


Reconstrói a evolução do conceito de história, indagando e confrontando as etapas dessa contínua pesquisa sobre a vida do homem, suas relações com o ambiente, os eventos e sua diferente temporalidade. O resultado constitui uma nova perspectiva para as principais questões da historiografia contemporânea (resumo do Lê Livros).








José Carlos Reis


Teoria & História – O que caracteriza a História como conhecimento específico e quais os seus maiores desafios na atualidade? O passado da disciplina pode ajudar os historiadores a compreender melhor seus questionamentos atuais?

Neste livro, José Carlos Reis retoma algumas perguntas que especialistas ligados às Ciências Humanas vêm tentando responder há tempos para traçar um rico painel dos debates travados em torno dos desafios e das especificidades de elaboração do conhecimento histórico. Dono de uma vasta produção sobre Teoria e Metodologia da História, o autor analisa temas caros aos pensadores do século XIX ao XXI para apresentá-los com erudição em textos escritos de forma clara e acessível (resumo do Lê Livros).


Eric J. Hobsbawm


A Era dos Extremos – Eric Hobsbawm, um dos maiores historiadores da atualidade, dá seu testemunho sobre o século XX: “Meu tempo de vida coincide com a maior parte da época de que trata este livro”, diz ele na abertura, “por isso até agora me abstive de falar sobre ele”. Neste livro fascinante, porém, ele abandona seu silêncio voluntário para contar, em linguagem simples e envolvente, a história da “era das ilusões perdidas” (resumo do Lê Livros).







Eric J. Hobsbawm


As qualidades que tornaram Eric Hobsbawm o mais eminente historiador contemporâneo de língua inglesa – visão abrangente, originalidade, estilo conciso e elegante – estão mais do que nunca evidentes neste volume, que completa o projeto começado com A era das revoluções e A era do capital. Em A era dos impérios, Hobsbawm analisa os anos que formaram o mundo do século XX, quando um longo período de paz, expansão capitalista e dominação européia desembocou em guerra e crise. Com a precisão teórica e capacidade de síntese conhecidas das obras anteriores, o autor examina a criação dos vastos impérios europeus que duraram apenas uma ou duas gerações. Hobsbawm também analisa a explosão na cultura e nas artes – é a era de Freud, Einstein, Schönberg e Picasso. Mais uma vez Hobsbawm integra a cultura, a política e a vida social numa interpretação estimulante e inovadora (resumo do Lê Livros).



Organizado por H.R. Loyn


A Idade Média, conhecida pela grande maioria dos brasileiros como o “período das trevas”, é geralmente associada à repressão e à violência. Este dicionário pretende desfazer este equívoco grosseiro e mostrar que no bojo da Idade Média gerou-se o mundo moderno. Ele fornece uma apresentação do pensamento atual sobre os protagonistas, eventos e temas principais relacionados com a história da Europa – desde a Escandinávia até o Oriente Médio – entre os anos 400 e 1500, aproximadamente. Estabelecendo um equilíbrio entre verbetes concisos sobre batalhas, tratados, indivíduos e localizações principais e um tratamento mais discursivo de tópicos de maior interesse, o Dicionário da Idade Média serve de guia estimulante tanto para principiantes como para especialistas (resumo do Lê Livros).



Gilberto Freyre

Neste livro, Gilberto Freyre reuniu cerca de dez mil anúncios retirados de jornais do século XIX, como Diário de Pernambuco (Recife), Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), entre outros. A partir de tais anúncios, ele flagra as relações que se estabeleceram entre os escravos e seus proprietários, desnudando as ocupações que os cativos vindos da África exerciam no Brasil – desde trabalhadores das lavouras de cana-de-açúcar até barbeiros e cozinheiros pessoais de seus proprietários. Além de destacar que os textos vangloriavam os atributos físicos das negras, o autor faz um estudo sobre as marcas nos corpos dos escravos que aparecem nos anúncios. Algumas delas seriam relacionadas à cultura africana a qual pertenciam, mas outras seriam marcas da violência empregada pelos seus senhores. Freyre mostra o quão eram péssimas as condições de saúde da população escrava, revelando que era frequente nos anúncios de escravos fugidos, por exemplo, encontrar indivíduos doentes e com deformidades físicas – ‘negros de pernas cambaias’, com ‘pernas tortas pra dentro’, ‘zambos’ – termos que indicam o excesso de trabalho dos cativos e os maus-tratos que recebiam por parte de seus senhores. ‘O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX’ traz uma iconografia e conta com o texto de apresentação de Alberto da Costa e Silva (resumo do Lê Livros).

Alberto da Costa e Silva


Um dos mais respeitados intelectuais brasileiros, o historiador, poeta e acadêmico Alberto da Costa e Silva é especialista na história e na cultura da África. Autor e organizador de diversos livros sobre esses temas, em Imagens da África Costa e Silva reúne textos de mais de oitenta autores sobre o continente e suas numerosas civilizações. De Heródoto (séc. V a.C.) aos prepotentes funcionários do Império Britânico (século XIX), o autor de Um rio chamado Atlântico (2003) seleciona passagens marcantes da impressionante bibliografia pesquisada ao longo de mais de sessenta anos de estudos. O volume traz, ainda, preciosas imagens e desenhos das épocas tratadas. Como afirma Costa e Silva na introdução ao volume, os africanos nem sempre foram vítimas dos estereótipos racistas que, desde a expansão imperialista das potências europeias, a partir do século XV, continuam a prejudicar a compreensão de sua imensa diversidade cultural. Apesar da curiosa persistência de elementos lendários, os registros acumulados por chineses e árabes ao longo dos séculos — e mesmo por cronistas ocidentais simpáticos à causa antiescravista — reverenciam as complexas formas de organização familiar e política dos nativos; seus elaborados costumes religiosos; suas engenhosas produções artísticas, além da bravura militar de seus combatentes (resumo do Lê Livros). 



Peter Burke


Este trabalho fundamental da história da cultura tem a virtude de considerar a Europa como um todo, rompendo com as tradições nacionais e a miopia ocidental: escrito no momento em que a esquerda, descobrindo Gramsci, redescobria uma “cultura popular”, o livro de Peter Burke sobre o início da Europa moderna é de uma atualidade surpreendente. Coloca com acuidade os problemas conceituais, o contexto político e as dificuldades metodológicas de qualquer estudo que se proponha estudar as classes subalternas do passado e sua cultura, e que deve portanto compensar a ausência de testemunhos diretos com abordagens oblíquas. Com erudição, explicita os valores e atitudes de artesãos e camponeses, revelando seu conteúdo contestatário, e ainda propõe, de forma inovadora, que foram os esforços doutrinadores da elite, paradoxalmente, que resultaram na separação das culturas, no seio de uma mesma sociedade (resumo do Lê Livros).


Ciro Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfas


Este trabalho fundamental da história da cultura tem a virtude de considerar a Europa como um todo, rompendo com as tradições nacionais e a miopia ocidental: escrito no momento em que a esquerda, descobrindo Gramsci, redescobria uma “cultura popular”, o livro de Peter Burke sobre o início da Europa moderna é de uma atualidade surpreendente. Coloca com acuidade os problemas conceituais, o contexto político e as dificuldades metodológicas de qualquer estudo que se proponha estudar as classes subalternas do passado e sua cultura, e que deve portanto compensar a ausência de testemunhos diretos com abordagens oblíquas. Com erudição, explicita os valores e atitudes de artesãos e camponeses, revelando seu conteúdo contestatário, e ainda propõe, de forma inovadora, que foram os esforços doutrinadores da elite, paradoxalmente, que resultaram na separação das culturas, no seio de uma mesma sociedade(resumo do Lê Livros).


Marc Bloch


Fuzilado pelos nazistas em 16 de junho de 1944 próximo a Lyon, Marc Bloch deixava inacabado um livro de metodologia, Apologia da História ou O Ofício de Historiador, – publicado pela primeira vez em 1949 por Lucien Febvre. Esta nova edição da obra póstuma de Marc Bloch, organizada e anotada por seu filho primogênito Étienne, apresenta o texto em sua integralidade e sem modificação alguma. Inclui também o prefácio de Jacques Le Goff à edição francesa e uma apresentação à edição brasileira, feita pela professora Lilia Moritz Schwarcz.

Como ponto de partida, Marc Bloch aproveita a interrogação de um filho que lhe pergunta para que serve a história. Essa confidência familiar já revela de saída o cerne de uma de suas convicções: a obrigação de o historiador difundir e esclarecer. Ele deve, nas palavras do autor, “saber falar, no mesmo tom, aos doutos e aos estudantes”. Nem que fosse por essa única afirmação, Apologia da História permanece hoje em dia – quando o jargão hermético invadiu tantos livros de história – de uma atualidade espantosa (resumo do Lê Livros).

Eduardo Galeano

Remontando a 1970, sua primeira edição, atualizada em 1977, quando a maioria dos países do continente padecia facinorosas ditaduras, este livro tornou-se um ‘clássico libertário’, um inventário da dependência e da vassalagem de que a América Latina tem sido vítima, desde que nela aportaram os europeus no final do século XV. No começo, espanhóis e portugueses. Depois vieram ingleses, holandeses, franceses, modernamente os norte-americanos, e o ancestral cenário permanece – a mesma submissão, a mesma miséria, a mesma espoliação.





Sérgio Buarque de Holanda

Nunca será demasiado reafirmar que Raízes do Brasil inscreve-se como uma das verdadeiras obras fundadoras da moderna historiografia e ciências sociais brasileiras. Tanto no método de análise quanto no estilo da escrita, tanto na sensibilidade para a escolha dos temas quanto na erudição exposta de forma concisa, revela-se o historiador da cultura e ensaísta crítico com talentos evidentes de grande escritor. A incapacidade secular de separarmos vida pública e vida privada, entre outros temas desta obra, ajuda a entender muito de seu atual interesse. E as novas gerações de historiadores continuam encontrando, nela, uma fonte inspiradora de inesgotável vitalidade. Todas essas qualidades reunidas fizeram deste livro, com razão, no dizer de Antonio Candido, “um clássico de nascença” (resumo do Lê Livros).



Ronaldo Vainfas




A obra trata da comunidade de judeus portugueses que se radicou em Pernambuco, no século XVII, e fundou a primeira sinagoga das Américas. Perseguidos pela inquisição em Portugal, esses judeus vieram na comitiva de Mauricio de Nassau. O Brasil holandês representava um oásis de tolerância para esse grupo, apoiado pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. A pesquisa de Vainfas é centrada em documentação dos arquivos holandeses e portugueses, com foco na questão das metamorfoses identitárias (resumo do Google books).

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